Itamaraty alertou Saúde sobre “aprovação rápida” da Covaxin na Índia

Documento foi produzido pela embaixada do Brasil na Índia e repassado pelo Itamaraty ao Ministério da Saúde. CPI da Covid teve acesso

atualizado 25/06/2021 8:31

Compartilhar notícia
Vacina indiana Covaxin - Coronavirus - Covid19 Pallava Bagla/Corbis via Getty Images

Documento obtido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid mostra que o Ministério das Relações Exteriores alertou o Ministério da Saúde, em janeiro deste ano, que especialistas questionaram a aprovação “rápida” da Covaxin na Índia. A informação é do blog do Valdo Cruz, do G1.

A vacina foi aprovada antes mesmo de os dados finais de eficácia terem sido apresentados.

“O regulador sanitário do governo indiano concedeu, em 3/1, autorização para uso emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca e Covaxin. Autoridades passam a falar em início da campanha de vacinação nas próximas duas semanas. Rápida aprovação da vacina sem dados completos sobre eficácia suscita questionamento de especialistas”, afirma o documento do Itamaraty.

De acordo com esse documento, produzido pela embaixada do Brasil na Índia e repassado pelo Itamaraty ao Ministério da Saúde, a aprovação da Covaxin no país deveria ter “uso restrito”.

“Segundo o comunicado de imprensa do órgão indiano, a aprovação da Covaxin se dá em função do interesse público face à situação excepcional gerada pela pandemia, para uso restrito ’em modo de testes clínicos’ e com o objetivo de oferecer mais opções de vacinas”, acrescenta o relatório.

O alerta foi enviado no dia 5 de janeiro. No documento, os diplomatas brasileiros relatam que a imprensa indiana celebrou a aprovação emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca e Covaxin, “mas levantou dúvidas com relação à aprovação sem dados finais de eficácia para ambas as vacinas e ao processo alegadamente opaco de deliberação dos órgãos oficiais”.

No dia 25 de fevereiro, antes da conclusão da fase três e mesmo assim ganhando aprovação emergencial pelo órgão regulador sanitário na Índia, o governo brasileiro assinou contrato com a Precisa e a Bharat Biotech para fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin ao preço de US$ 15 a unidade.

A CPI ouvirá nesta sexta-feira (25/6) o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, que disse ter informado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas envolvendo a Covaxin.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar