Idosa de 91 anos espera 8h por atendimento em UPA “sem água e comida”

Maria Estella Ferreira Lang tem suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Caso aconteceu em Curitiba (PR)

atualizado 11/09/2024 17:17

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Foto colorida de Maria Estella - Metrópoles Arquivo Pessoal

Maria Estella Ferreira Lang, de 91 anos, está, desde a última sexta-feira (6/9), em busca de tratamento na rede pública de saúde de Curitiba (PR). Com suspeita de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a mulher esteve em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em um hospital na capital paranaense.

Em uma das UPAs, Maria Estella chegou a esperar, sentada em uma poltrona, durante 8h – entre 13h e 21h – , para a realização de um exame. Após o tempo de espera, a família da mulher optou por ir embora do local, pois “uma senhora de 91 anos ficar mais de 8h sentada em uma cadeira, sem poder se alimentar e nem tomar água é uma falta de respeito imensa”, declarou familiares.

Maria está com a parte direita do corpo paralisada, e a família denuncia negligência, falta de dignidade e tratamento. “A sensação que eu tenho é que, por ela ter 91 anos, meio que ‘já está na hora’. O tratamento foi assim”, afirma Marina Lang, neta de Maria Estella. “Ontem, ela ficou 8h sem comer, por conta de um exame. Aguardando sentada, sem comer, sem beber água e nem mesmo com soro na veia.”

Denúncias da família

De acordo com a família, Maria foi transferida várias vezes de hospital, desde a última sexta-feira (6/9). Entretanto, a situação se agravou quando a idosa foi levada à UPA do Boqueirão, na segunda-feira (9/9).

“Uma ambulância do Samu chegou à UPA, e o lugar oferecido para transportá-la foi o banco de acompanhante da ambulância, pois a maca já estava ocupada com outro paciente. Essa sugestão foi negada por nós, por não garantir a segurança devida à minha mãe”, afirma Regina Maria, uma das filhas da idosa, que a acompahava.

Além disso, a família conta que a mulher realiza, desde sexta-feira (6/9), exames de sangue, urina e de tomografia. Além da UPA do Boqueirão, ela já esteve na UPA do Campo Comprido e no Hospital Universitário Cajuru.

Para a família, não houve esforço na investigação médica em nenhum dos locais. Na UPA Boqueirão, a família ainda teria escutado, de um profissional de saúde, que um dos exames necessários para o diagnóstico de AVC era “muito caro para o SUS.”

Segundo Marina Lang, todas as denúncias citadas foram encaminhadas ao Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, à Ouvidoria do SUS e ao canal 156 da Prefeitura de Curitiba, que recebe denúncias. Até o momento, a família não recebeu nenhum tipo de resposta dos canais.

O principal pedido da família Lang é que seja autorizado e realizado o encaminhamento para o “exame correto”, ressonância magnética, para que se possa ter um diagnóstico.

Nova tentativa

Maria Estella foi levada pela família ao Complexo do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, nesta terça-feira (10/9), e, novamente, aguarda resultados de exames. De acordo com a unidade de saúde, o quadro da idosa é de um AVC com diagnóstico tardio.

A idosa está aguardando os resultados dos exames em uma cadeira de rodas, porque o hospital está lotado, de acordo com a família. “Ela está sendo bem atendida, apesar da demora”, conta a neta.

“Minha mãe é muito resiliente, mas, com certeza, está exausta com essa maratona. Três idas na UPA e agora no HC”, afirma a filha da idosa, Regina. “A família está completamente exausta, mas estamos mais indignados”, finalizou.

O que dizem as UPAs?

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Paraná, porém, o órgão afirma que não responde pelo município de Curitiba.

Através de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba afirma que abrirá uma sindicância para que as denúncias em relação aos procedimentos adotados e atendimentos prestados à senhora Maria Estella Ferreira Lang sejam apuradas, já que o relato da família Lang “contraria os protocolos preconizados pelo município”.

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