O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (11/9), que a reprojeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano terá piso de 3% de crescimento.
“Três por cento de crescimento do PIB neste ano, talvez um pouco mais. Estamos fechando a grade nesta semana, mas já devemos divulgar nesta semana”, disse. “Acredito que o piso de 3% já está praticamente contratado, o piso de 3% de crescimento, bastante consistente e com bom impacto na economia”, completou o ministro a jornalistas.
“Ele [PIB] deve vir mais forte, possivelmente 3% para cima. Algo bastante consistente”, frisou.
Confira a declaração do ministro:
Haddad ainda informou que o governo federal pretende divulgar a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação ainda nesta semana. Ele disse que as métricas terão eventual aumento da projeção além do esperado pela ala econômica para o ano.
“Estamos acompanhando também o mercado de trabalho, que é algo que está no nosso radar: acompanhar a evolução do mercado de trabalho, em virtude do fato de que o crescimento está consistente e com foco no investimento”, explicou o chefe da Fazenda.
Segundo Haddad, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda avalia que a evolução dos serviços no país está mais ligada ao investimento do que ao consumo das famílias. “Um dado consistente e positivo para o crescimento do PIB”, analisou.
O volume de serviços prestados cresceu 1,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, o indicador subiu 1,7%.
As estimativas para 2024
Até julho de 2024, a estimativa oficial do governo Lula (PT), inclusive presente no Orçamento de 2025, era de um crescimento de 2,5% no acumulado do ano.
O mercado financeiro projeta que o país vai crescer 2,68% neste ano, segundo dados do último Relatório Focus do Banco Central (BC), divulgado nessa segunda-feira (9/9).
O PIB do 2ª trimestre
O Produto Interno Bruto cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 (período de abril, maio e junho), frente ao primeiro trimestre deste ano. As informações foram divulgadas pelo IBGE.
O índice ficou acima da expectativa do mercado, que projetava crescimento entre 0,9% e 1,1%.
A expansão da economia brasileira foi impulsionada pelo crescimento do setor de serviços (1%) e da indústria (1,8%), que compensou o recuo (-2,3%) da agropecuária no período.
No primeiro trimestre, a economia brasileira cresceu 0,8% em comparação com o quarto trimestre de 2023. O PIB acumulado do ano ficou em 2,5%.
Os destaques do PIB no 2º trimestre:
- Indústria: 1,8%
- Serviços: 1,0%
- Agropecuária: -2,3%
- Consumo das famílias: 1,3%
- Consumo do governo: 1,3%
- Investimentos: 2,1%
- Exportações: 1,4%
- Importação: 7,6%
