Governo avaliará mix de vacinas e duração de imunidade da Coronavac

Pesquisa será realizada pelo Ministério da Saúde e contará com 1,2 mil voluntários que foram vacinados com a fórmula produzida pelo Butantan

atualizado 28/07/2021 14:29

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produção coronavac - instituto butantan Fábio Vieira/Metrópoles

O Ministério da Saúde fará um estudo para avaliar a necessidade de aplicação da terceira dose de vacinas contra a Covid-19. A pesquisa contará com 1,2 mil voluntários que foram imunizados com a Coronavac, fórmula produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (28/7).

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a ideia de aplicar a terceira dose em pessoas vacinadas com a Coronavac visa avaliar a efetividade do imunizante a longo prazo. Ele alega que não existem publicações detalhadas sobre a duração da eficácia garantida pelo fármaco. O estudo não terá participação do Instituto Butantan.

“Por que isso? Essa vacina nós não temos publicação na literatura detalhada acerca da sua efetividade. Para sanar essa questão, todas as respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos, de estudos. Vamos fazer um estudo”, explicou o ministro.

A pesquisa, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, ocorrerá em Salvador (BA) e em São Paulo (SP), com quatro grupos de 300 voluntários. Cada turma receberá a terceira dose de um imunizante diferente: Coronavac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen. A pesquisadora da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, Sue Ann Costa Clemmens, explicou que os testes devem começar nas próximas duas semanas.

“Precisamos saber a duração da proteção de cada vacina. As vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Janssen já têm várias publicações mostrando realmente a proteção de até um ano. Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Existem estudos que já mostram que a proteção começa a cair com 6 meses”, disse a cientista.

Os voluntários que receberão a terceira dose devem ter tomado o segundo reforço de Coronavac há seis meses. Segundo Sue Ann, a pesquisa também trará resultados sobre a efetividade do “mix de vacinas”.

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo
Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em SP
Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo
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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em SP

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo

Fábio Vieira/Metrópoles

“Vamos comparar os diferentes braços, qual vacina que dá o melhor reforço em relação ao título de anticorpos. Nós estamos com os centros prontos, esperando as diferentes doses”, detalhou. Um mês após receberem a vacina, os participantes terão amostras de sangue coletadas para verificar se houve aumento no número de anticorpos.

“Acredito que seja a preocupação principal do ministério saber se realmente essas pessoas mais vulneráveis que foram vacinadas no início do ano, profissionais da saúde e idosos, vão estar vulneráveis novamente no fim do ano. A ideia é que possamos gerar dados para que o ministério possa implementar uma nova estratégia de vacinação ainda este ano”, assinalou a pesquisadora.

Segundo o titular da pasta federal da Saúde, não será necessário comprar mais imunizantes para realizar o estudo. Os testes serão feitos com as vacinas já adquiridas pelo governo federal. “Nós já temos mais de 660 milhões de doses de vacinas [contratadas]. A maioria dessas doses chegarão no último trimestre. Se for necessário fazer um esforço, o Ministério da Saúde já está preparado, porque se preparou com antecedência”, afirmou.

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