Em dia final para se defender de denúncia, Bolsonaro posta fala de Cid

Na gravação divulgada originalmente em março de 2024, Cid disse que investigadores o teriam pressionado a alinhar respostas a uma narrativa

atualizado 06/03/2025 18:44

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Ex-presidente Jair Bolsonaro discursa durante encerramento do 1° Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal PL Metrópoles VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro publicou, nesta quinta-feira (6/3), no perfil pessoal dele no Instagram, um áudio de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, no qual o militar afirma que teria sido pressionado em delação premiada a alinhar as respostas dele a uma suposta narrativa elaborada pelos interrogadores.

Cid delatou Bolsonaro, e suas revelações baseiam a denúncia contra o ex-presidente e outras 33 pessoas por suposta trama golpista após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Esta quinta-feira é o prazo final para a defesa de Bolsonaro contestar a denúncia da PGR.

Juntamente com o áudio, Bolsonaro apontou na legenda que Mauro Cid teria sido pressionado a fazer com que o depoimento dele compusesse com a linha investigativa da Polícia Federal (PF).

“Mauro Cid declara em áudio que foi pressionado a concordar com a narrativa da PF ou perderia o acordo como delator”, diz a legenda da postagem.

O trecho do áudio reproduzido por Bolsonaro nesta quinta veio a público em março de 2024. Na gravação, Cid afirma, não se sabe para quem, que era pressionado a aceitar orientações sobre o depoimento.

“Eles já estão com a narrativa pronta deles. É só fechar, e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem. Eles são a lei agora”, diz trecho da gravação de Mauro Cid que foi vazada.

As declarações de Cid sobre os crimes supostamente cometidos por Bolsonaro foram feitas após ele assinar acordo de colaboração premiada. A negociação era para que o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro contribuísse com informações novas nas investigações e, em troca, haveria atenuação na pena futuramente atribuída a ele por ter colaborado com práticas delituosas pelas quais viesse a ser condenado.

Consequências

Após o vazamento do áudio no qual Cid colocava em xeque a lisura do processo de colaboração premiada, ele foi chamado a prestar esclarecimentos no dia seguinte (22/3/24). O ex-ajudante de Bolsonaro acabou preso no interrogatório. Posteriormente, ele voltou a deixar a cadeia.

A defesa de Cid divulgou nota na qual negou a tentativa de Cid de descredibilizar a colaboração premiada. “Seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, alegaram os advogados.

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