Fundação Darcy Ribeiro inscreve cacique Raoni para o Nobel da Paz 2020

Candidatura foi aceita inicialmente, mas instituição ainda precisa concluir o processo formal

atualizado 14/09/2019 17:01

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Cacique-Raoni Agência Brasil

A Fundação Darcy Ribeiro inscreveu o cacique Raoni, da tribo Caiapó, como um dos candidatos ao Prêmio Nobel da Paz 2020. A instituição iniciou o processo de candidatura em razão do trabalho do chefe indígena em defesa da Amazônia, realizado ao longo de sua vida.

Raoni, inconfundível com seu cocar de penas amarelas e o disco nos lábios, se tornou internacionalmente conhecido como um defensor do meio-ambiente na década de 1980, quando formou parceria com Sting, vocalista da banda britânica The Police.

Aos 89 anos de idade, Raoni se jogou na estrada este ano novamente. Desta vez, chama atenção para os incêndios que consomem grandes áreas da Amazônia. Raoni culpa a destruição pela política ambiental e indigenista do presidente Jair Bolsonaro.

“Os povos indígenas estão preocupados. Acreditam que Bolsonaro pode acabar com nosso povo. Queremos falar, mostrar para o governo essa pressão que sofremos de madeireiros e garimpeiros. Precisam respeitar nossos direitos”, disse Raoni ao Estadão.

A Fundação Darcy Ribeiro, no Rio, anunciou que enviou oficialmente a proposta de candidatura de Raoni ao Comitê Norueguês do Nobel, responsável pela escolha dos laureados.

A nomeação foi inicialmente aceita pelo Comitê, mas ainda é preciso completar o procedimento formal, disse Toni Lotar, porta-voz da Fundação Darcy Ribeiro. “O cacique Raoni é um símbolo vivo da luta pela proteção da natureza e dos direitos indígenas. Ele é respeitado mundialmente por uma vida inteira dedicada à sobrevivência de nosso planeta, tão ameaçada pelas mudanças climáticas.”

Parceiros internacionais

A fundação escreveu ao presidente francês Emmanuel Macron para pedir por seu apoio à candidatura. O cacique e o presidente francês já se encontraram duas vezes este ano.

Macron fez duras críticas à política ambiental brasileira durante o G-7, grupo dos países mais ricos do planeta, em Biarritz, na França. Desde então, ele e Bolsonaro trocaram acusações em suas declarações, dentre as quais o presidente brasileiro faz ofensas à primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

Em maio deste ano, o cacique foi recebido pelo Papa Francisco, no Vaticano. O porta-voz da liderança maior da Igreja Católica disse que, “com este encontro, o papa Francisco quer reiterar sua atenção pela população e pelo meio ambiente da Amazônia e seu compromisso com a proteção da Casa Comum”.

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