Uma atendente de uma pizzaria no Distrito Federal afirma ter sido chamada de “macaca” pelo ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.
Segundo a atendente, ela foi ofendida por Wassef, depois que ele reclamou que a pizza não estava boa. A situação teria ocorrido no domingo (8/11) e foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, como injúria racial. O caso foi revelado pela revista Veja e confirmado pelo Metrópoles.
A vítima, que não teve a identidade revelada, contou aos investigadores que Wassef questionou se ela teria comido a pizza. A mulher disse que não. Após a resposta, o advogado teria dito em voz alta: “Você é uma macaca! Você come o que te derem!”
A funcionária alegou ter dito ao advogado que ele não é melhor que ninguém e ouviu como resposta: “De onde eu venho, serviçais não falam com o cliente.”
Ela também contou aos policiais que Wassef é cliente frequente do estabelecimento e é conhecido por “se tratar de uma pessoa arrogante e que destrata e ofende os funcionários“. A mulher também afirmou que já foi “constrangida” e “muito humilhada” pelo advogado em outras oportunidades.
De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, o advogado já teria agredido verbalmente a atendente no mês passado. Na ocasião, ele teria dito que não queria ser atendido pela mulher. “Você é negra e tem cara de sonsa e não vai saber anotar o meu pedido.”
A investigação ainda está em fase inicial e conforme apuração feita pelo portal, vítimas e testemunhas serão ouvidas nesta quinta-feira (12/11).
Por meio de nota, Wassef afirmou que tudo que foi dito pela funcionária são mentiras e calúnias e, na verdade, ele teria sido “vítima de uma armação montada”. O advogado alega que uma denunciação caluniosa foi organizada sob a orientação de terceiros para ganhar dinheiro visando uma futura ação indenizatória.
Em nota, a Pizza Hut Brasil manifestou repúdio aos fatos ocorridos e seu apoio aos funcionários agredidos e ao franqueado da unidade referida.
“A Pizza Hut Brasil vem dando todo o suporte para os colaboradores e parceiros agredidos para que os mesmos façam valer os seus direitos e para que sejam tomadas as medidas necessárias para evitar que tais atos se repitam, entre as quais a comunicação dos fatos para as autoridades competentes mediante o registro de um boletim de ocorrência contra o agressor”, afirma a empresa.