Reconhecido em todo o Brasil por ter sido aprovado em nove faculdades norte-americanas em 2021, o estudante Fred Ramon, de 23 anos, pede ajuda para concluir a gradução em Ciências da Computação, nos EUA. O jovem, que participa de um programa da Whittier College, na Califórnia, teve o auxílio interrompido, após problemas financeiros do doador que colaborava com o seu financiamento estudantil.
Segundo Fred, ele recebeu uma ligação do Programa Sponsorship (que conecta estudantes carentes a doadores dos EUA), comunicando que o estudante perdeu a ajuda do doador que possibilitava sua permanência na universidade.
A notificação chegou no final de 2023, restando apenas três semestres para a conclusão do curso. Desesperado, o estudante foi até as redes sociais para pedir ajuda para concluir os estudos.
Vaquinha virtual
De acordo com o estudante, a vaquinha virtual criada por ele tem como objetivo arrecadar o valor total para a conclusão do curso, com valor estimado em aproximadamente R$ 200 mil. Ao Metrópoles, ele explicou que o valor semestral pago à instituição, com todas as despesas cobertas, é de US$ 15 mil, ou seja, cerca de US$ 3 mil mensais.
“Eu conversei com a direção da instituição e eles estão sendo compreensivos com a minha situação, que é considerada diferente, já que o financiamento do doador foi interrompido. Preciso fazer o pagamento do semestre antes que ele acabe, mas tudo que estou recebendo na vaquinha já estou pagando aos poucos”, afirmou o estudante.
Segundo Fred, a faculdade em que ele estuda custeia 70% de bolsa de estudos e os outros 30% eram pagos pelo programa. A intenção do jovem é concluir a graduação em maio de 2025 e retornar ao Brasil, para trabalhar e ajudar com projetos de desenvolvimento de tecnologia.
Quem quiser ajudar, pode contribuir com qualquer valor no link da vaquinha ou através do Pix da vaquinha [email protected].
Origem humilde
Nascido em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana de Recife (PE), Fred Ramon é filho de mãe solteira. Orgulhoso da trajetória que trilho, ele relata que aprendeu inglês sozinha, aos 14 anos, por meio de músicas e filmes, e foi o primeiro da família a ingressar em uma universidade.
“A minha mãe sempre trabalhou com faxina, trabalha até hoje. Ela foi mãe solteira e não tinha condições, eu precisava me virar. Em 2020, durante a pandemia, eu estudava de 8h às 18h todos os dias, estudava para o teste de conhecimento equivalente a umo ‘Enem americano’ e para o teste de nivelamento de inglês. Era necessário alcançar uma nota mínima e eu fui além das expectativas”, disse o jovem.
