A família do indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecido desde 5 de junho no Vale do Javari, no Amazonas, não foi informada sobre a suposta localização do corpo dele e do jornalista inglês Dom Phillips.
Na tarde desta segunda-feira (13/6), fontes ligadas aos familiares de Bruno confirmaram ao Metrópoles que os parentes do indigenista “não receberam nenhuma informação oficial” sobre o tema.
“A família do Bruno não recebeu nenhuma ligação da Polícia Federal informando sobre corpos encontrados ou corpos amarrados. Oficialmente a família não foi informada”, disse a fonte.
De acordo com a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, as equipes de buscas teriam localizado os cadáveres dos dois homens.
A informação foi dada por ela ao jornalista André Trigueiro, do canal de notícias GloboNews. Um conselheiro da Embaixada do Brasil em Londres teria confirmado a localização dos corpos.
O jornal britânico The Guardian, onde Dom é colaborador, noticiou que os irmãos dele também foram informados da descoberta de dois corpos “amarrados a uma árvore em floresta remota”.
A Polícia Federal e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) negam que os corpos tenham sido encontrados e mantêm a versão de que eles continuam desaparecidos e que as buscas continuam.
O desaparecimento
Segundo a Univaja, Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.
De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. A dupla foi vista pela última vez no dia 5 de junho.
Ao todo, segundo a Polícia Federal, 250 agentes e dois aviões atuam nas buscas. A Justiça Federal já havia determinado que o governo acionasse helicópteros, embarcações e equipes de buscas da Polícia Federal, das forças de segurança ou das Forças Armadas para intensificar o rastreio dos desaparecidos.
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