O Facebook anunciou, nesta segunda-feira (12/10), que banirá todo o conteúdo que negue ou distorça o Holocausto, direcionando usuários que interagem com esse tipo de conteúdo a fontes verificadas. O anúncio foi feito no site da empresa.
“Organizações que estudam tendências em discurso de ódio estão relatando aumento nos ataque on-line contra muitos grupos ao redor do mundo, e continuamos nossos esforços para removê-los. Banimos mais de 250 organizações de supremacia branca e atualizamos nossas políticas”, destacou o Facebook.
A empresa também retirou do ar 22,5 milhões de discursos de ódio da plataforma, apenas no segundo trimestre de 2020 e disse que a decisão está relacionada ao nível alarmante de ignorância sobre o Holocausto, principalmente entre os jovens.
“Após um ano de consultas com especialistas externos, recentemente banimos os estereótipos anti-semitas sobre o poder coletivo dos judeus”, informou. O Facebook informou que a aplicação dessas políticas será imediata, mas que levará algum tempo para treinar os revisores e sistemas sobre a aplicação.
Mark Zuckerberg
Em 20018, o CEO do Facebook defendeu a posição da empresa de não remover conteúdo que duvidasse, distorcesse ou negasse abertamente o Holocausto. Ele afirmou que não “acreditava” que a rede social fosse obrigada a remover o conteúdo porque alegou que alguns não estavam negando intencionalmente o Holocausto.
Entretanto, após a repercussão do caso ele emitiu um pedido de desculpas, escrevendo que ele “pessoalmente acha a negação do Holocausto profundamente ofensiva e que não pretendia defender a intenção das pessoas que negam isso”.
