Ex-governador de Goiás é alvo de operação policial contra corrupção

Polícia Civil cumpriu mandados em endereços de José Eliton (PSDB) e de outras pessoas; investigação apura desvios em agência de obras

atualizado 15/06/2021 16:00

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Ex-governador de Goiás José Eliton (PSDB) Reprodução/Instagram

Goiânia – O ex-governador de Goiás José Eliton (PSDB) está entre os alvos, nesta terça-feira (15/6), da Operação Terra Fraca, da Polícia Civil. São investigados desvios de recursos e irregularidades na Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra), antiga Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop). Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja de R$ 46 milhões.

Em um dos endereços visitados pelas equipes policiais (não foi divulgado em qual deles), os agentes encontraram R$ 135 mil em espécie escondidos dentro de um envelope escondido atrás de uma planta. Em outro envelope, havia mais 3.800 dólares. Os policiais civis também apreenderam computadores, HDs e documentos no local e em outros endereços.

Veja o vídeo:

 

Foram cumpridos 12 mandados de buscas. São investigadas 7 pessoas físicas e 7 pessoas jurídicas. Os mandados foram cumpridos contra 10 alvos em Goiás e 2 no Tocantins (Palmas).

Além do ex-governador, atual presidente estadual tucano, a operação também teria mirado o ex-presidente da Agetop, Jayme Rincón, que era figura próxima do núcleo do governo passado. Zé Eliton foi eleito vice-governador em 2014 na chapa encabeçada por Marconi Perillo (PSDB). Essa não é a primeira vez que Eliton é alvo de ações policiais.

Nesta terça, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa, no condomínio de alto luxo Aldeia do Valle, e no escritório do ex-governador, no Setor Marista, região nobre da cidade. A polícia apreendeu equipamentos eletrônicos e copiou arquivos em computadores.

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Agentes durante a operação
Agente da Polícia Civil de Goiás analisando dados
Policial civil verificando dados em equipamentos eletrônicos
Policiais civis conversando sobre detalhes da operação
Obra da GO-230 foi retomada recentemente
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Policiais se preparando para Operação Terra Fraca, deflagrada nesta terça (15/6) em Goiás

Divulgação/PCGO
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Agentes durante a operação

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Agente da Polícia Civil de Goiás analisando dados

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Policial civil verificando dados em equipamentos eletrônicos

Divulgação/PCGO
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Policiais civis conversando sobre detalhes da operação

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Obra da GO-230 foi retomada recentemente

Ascom/Goinfra
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Trabalhos tiveram que ser praticamente refeitos

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Trecho liga duas cidades na região do Entorno do DF

Ascom/Goinfra
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Ex-governador de Goiás José Eliton (PSDB)

Reprodução/Instagram
“Absurdo”

O advogado Tito de Souza Amaral, que representa José Eliton, vê com indignação a ação. “É um absurdo! Não se trata de uma operação policial e sim de uma operação política. A intenção foi tão somente constranger o ex-governador. As investigações estão correndo há um ano e ele nunca foi chamado para ser ouvido. Estamos completamente à disposição”, disse.

De acordo com o Tito Amaral, apesar de ser governador à época dos fatos apurados, José Eliton não tinha ingerência direta sobre a Agetop (atual Goinfra). “Será que a polícia agora vai usar essa lógica como referência? Quer dizer, então que se ocorrer uma investigação em uma determinada empresa pública, o governador também será alvo?”, questionou o advogado.

Desvios

O caso em questão investigado pela Operação Terra Fraca tem a ver com o possível superfaturamento de preço nas obras da rodovia GO-230, que liga Água Fria a Mimoso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, entre 2013 e 2018. A obra não foi finalizada e teve os trabalhos retomados neste ano pela Goinfra.

A polícia apura ainda o envolvimento de empresas privadas, servidores da Agetop e também do núcleo político e financeiro que gerenciava os contratos do órgão público, garantindo tanto os pagamentos, quanto a operacionalização de lavagem de dinheiro. Empresas privadas e pessoas físicas são investigadas por peculato, organização criminosa, superfaturamento de obra e lavagem de dinheiro.

Além do superfaturamento da obra, com a cobrança excessiva em cima dele, também foi identificada a descaracterização do objeto – de modo que, na licitação da obra, o pedido era um, mas na execução, era feito algo distinto.

Núcleos

O que foi descoberto até agora é que havia um núcleo político e um financeiro que sustentavam a ação do grupo. Os núcleos gerenciavam os contratos da empresa, fornecendo pagamentos e a operacionalização de lavagem de dinheiro. Conforme a apuração, o núcleo político desviava o dinheiro público e o financeiro movimentava os recursos, tentando dar ares de legalidade ao desvio.

De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, a investigação aponta a existência de um grupo criminoso bem organizado e que “se aproveitou de postos que ocupavam para se enriquecer ilegalmente”.

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