Em troca de mensagens com caminhoneiro, Tarcísio diz apoiar greve

Em conversa com líder grevista, ministro da Infraestrutura disse apoiar uma possível greve geral dos profissionais contra aumento no diesel

atualizado 11/03/2022 19:51

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Na imagem colorida, um homem está posicionado no centro. Ele tem cabelos curtos, pretos e olha seriamente para a camera Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em uma conversa via WhatsApp com um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wanderlei Alves conhecido como “Dedeco”, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, manifestou apoio a uma possível greve geral dos profissionais.

Em entrevista à coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo, Dedeco afirmou que entrou em contato com o ministro após ler, em uma reportagem do mesmo veículo, que Freitas dizia não ver risco de greve de caminhoneiros. E mostrou as mensagens no WhatsApp.

Durante a troca de mensagens, Tarcísio afirmou achar “muito correto” que os caminhoneiros parem de fazer entregas para forçar que embarcadores e transportadores repassem aos fretes o custo do aumento do diesel.

O ministro disse ainda que há um estudo do governo para subsidiar o preço do diesel. Ele também comemorou a aprovação no Senado do PLP 11/2020, que estabelece cobrança única de ICMS.

“Isso tem o poder de diminuir 50, 60 centavos no preço do litro”, escreveu o ministro.

Na sequência, Dedeco escreveu que o governo federal não assume responsabilidade pelos problemas: “Só passa ela para os outros”.

“Fico chateado de ver aumento de combustível. Ninguém quer. O que pode ser feito, está sendo feito. Não é minha área. Só tento ajudar”, escreveu o ministro  em resposta.

Ministro não nega

Na noite desta sexta, assessoria do ministro da Infraestrutura mandou uma nota com a posição de Tarcísio sobre o episódio, sem negar o conteúdo das mensagens trocadas com Dedeco. Leia:

“O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, mantém canal aberto com a categoria e já defendeu abertamente, inúmeras vezes, que as principais questões que afetam o setor hoje são correlatas ao próprio mercado. Neste sentido, cabe aos próprios trabalhadores dialogar entre si para buscar as melhores soluções.”

Entenda como funciona o cálculo do preço da gasolina no Brasil:

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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