Em posição de neutralidade, o União Brasil liberou, nesta quarta-feira (5/10), a bancada para votar em Lula (PT) ou em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. O anúncio foi feito nas redes oficiais do partido, em carta assinada pelo presidente, Luciano Bivar.
A maior parte dos filiados tende a apoiar o atual presidente. Alguns já até declararam o voto em Bolsonaro, mesmo antes da decisão formal do partido. Foi o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado; do senador eleito, Sérgio Moro; e do deputado Capitão Wagner. Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso e Acre também aderiam à campanha de Bolsonaro.
“[…] Em um partido tão grande é natural que haja posições divergentes. Por isso, em respeito à democracia intrapartidária, a direção nacional do União Brasil decide liberar seus diretórios e filiados para que sigam seus próprios caminhos, com responsabilidade, no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais”, escreveu Bivar.
Bahia
Mesmo com peso bolsonarista, a neutralidade é uma resposta, em grande parte, à pressão imposta sobre o candidato do União ACM Neto, que disputa o segundo turno pelo governo da Bahia, onde Lula recebeu 49,73% dos votos (contra 24,31% de Bolsonaro).
Também há, no partido, filiados mais alinhados a Lula, como, por exemplo, Henrique Meirelles, que declarou apoio ao petista no primeiro turno.
Outros, como a quinta colocada na disputa à Presidência no primeiro turno, Soraya Thronicke, optaram pela neutralidade e devem votar nulo. “Nenhum desses bandidos merece o meu apoio”, publicou a política.
Nesta quinta-feira (6/10), políticos do União Brasil, entre eles Ronaldo Caiado, irão se encontrar com o candidato Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada para anúncio oficial de apoio.
