O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) identificou falhas na prestação de contas da campanha do senador eleito Sergio Moro (União Brasil). O ex-ministro da Justiça foi intimado na última segunda-feira (7/11) a enviar, no prazo de três dias, nova documentação que comprove os gastos na eleição.
Um parecer da Justiça Eleitoral encontrou uma série de inconsistências na prestação de contas. Entre elas, está a falta de extratos das contas bancárias destinadas à movimentação de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
Segundo o parecer, também não foram apresentados extratos bancários do período integral de campanha eleitoral, não estão disponíveis as movimentações financeiras de agosto e outubro.
Falta de identificação
Ainda de acordo com o parecer do TRE-PR, na prestação de contas de Moro foram identificadas receitas sem a indicação do CPF ou CNPJ dos extratos eletrônicos, o que impede o conferimento da identidade dos doadores declarados.
Outro problema encontrado é em relação aos casos de doações de outros candidatos ou partidos para a campanha de Moro, mas com informações divergentes das prestações de contas dos doadores.
Ex-juiz e ex-ministro, Moro foi eleito senador pelo Paraná com 1,9 milhão de votos, 33,5% do total destinados para os candidatos ao Senado. Ele foi mais bem votado que Paulo Martins (PL) e Alvaro Dias (PODE).
Relatório padrão
Em nota, a assessoria de Moro informou que o TRE apresentou um relatório padrão de prestação de contas, o que seria natural neste período.
“A equipe jurídica já está em contato com a contabilidade da campanha. Existe um prazo de três dias para responder, data em que serão apresentados os documentos solicitados”, informou a campanha de Moro.