A deputada federal Marília Arraes (PE) oficializou, nesta sexta-feira (25/3), em ato no Recife, a filiação ao Solidariedade. Ao lado do presidente nacional do partido, deputado Paulinho da Força (SP), Marília anunciou a pré-candidatura ao governo de Pernambuco nas eleições de outubro.
A deputada saiu do PT depois de seis anos na legenda, quando deixou o PSB após atritos com o primo, ex-governador Eduardo Campos (1965-2014). Desde então, ela se tornou crítica ao partido que governa o estado há 16 anos.
“Eu sempre estive ao lado do presidente Lula e sempre vou estar. Diferentemente do PSB, que em 2016 fez a campanha em cima do antipetismo, falando do presidente Lula, falando tudo o que não prestava das gestões do PT local e nacional e em 2018 virou a chave. Eles, sim, viraram a chave quando inconveniente. Aí, [agora] virou lulista de carteirinha”, declarou ela.
“Sigo ao lado de Lula incondicionalmente e, com certeza, ele irá nos ajudar a reconstruir Pernambuco”, disse.
“Lula não é propriedade de um partido, de uma família. Não pode ser considerado propriedade de ninguém. É um símbolo que será seguido por mim”, afirmou.
Neta do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), Marília começou a carreira política no PSB. Foi vereadora do Recife por três mandatos. Todavia, entrou em conflito com Eduardo Campos e acabou migrando para o PT em 2016.
Marília se lançou como pré-candidata ao governo de Pernambuco em 2018, mas retirou o nome após negociação entre PT e PSB. Dois anos depois, ela disputou a Prefeitura do Recife contra o primo João Campos (PSB) em meio a desgastes internos com o PT.
Os partidos fecharam aliança para as eleições deste ano, com o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), como candidato ao governo. No acordo, o PT ficaria com a vaga do Senado Federal. De saída, Marília criticou a postura do PT que estaria lhe usando como “massa de manobra”.
Paulinho da Força disse que a nova filiada ao Solidariedade “é um símbolo de mudança do Brasil” e lançou como candidata. “Marília será governadora de Pernambuco para mudar o futuro do estado”, afirmou.
