São Paulo – Candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSol) para a Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina diz se sentir vitoriosa por ter encorajado a juventude a participar da campanha eleitoral. E afirmou estar confiante no resultado das urnas neste domingo (29/11).
A ex-prefeita de São Paulo votou nesta manhã, por volta das 10h, no colégo Rui Bloem, em Mirandópolis, zona sul da capital paulista.
“As pessoas estão redescobrindo a política e se reencontrando por ela, sobretudo a juventude. Fiquei muito feliz por isso, rejuvenescida, de ver a juventude acordando, percebendo que a mudança que eles querem passa pela política, política com P grande”, disse Erundina ao Metrópoles.
“Então, eu já me considero vitoriosa até por esse processo que vivemos, mas também muito confiante no resultado dos votos para a gente voltar a governar essa cidade, no meu caso. E agora com o Boulos, para a gente colocar de novo o poder nas mãos do povo”, acrescentou.
Erundina avaliou a campanha política de sua chapa como “excelente”, principalmente em função do engajamento de jovens. “A juventude veio com muita garra, muita alegria, muita confiança e protagonismo nesse processo”, comentou.
Sobre as prioridades do governo, caso sejam eleitos, a vice de Boulos falou em “botar o poder de novo nas mão do povo” e “combater a discriminação, o preconceito, o racismo, tudo que recai sobre os ombros do povo brasileiro e gera muita infelicidade, tristeza, desalento e falta de vontade de reagir”.
Veja entrevista de Erundina:
Regularização fundiária
Erundina também defendeu a regularização fundiária das favelas em São Paulo. “Quando, como assistente social, fui trabalhar nas favelas e cortiços, descobri que a causa agrária é a mesma daqui: a questão da regularização fundiária”, declarou.
“Até hoje, não conseguimos dividir a terra no campo e nem na cidade”, acrescentou, dizendo que esta deve ser uma prioridade da geração atual.
A candidata também defendeu a redistribuição de renda. “Não é só descentralizar a receita, tirando da saúde e da educação para mandar à assistência social. Tem que descentralizar a renda”, afirmou, “tirar, convencer quem tem mais a dar um pouco mais”. “Nosso tempo é curto, você não mora em duas casas, você não dorme em duas camas, você não veste duas roupas ao mesmo tempo”, disse ela.