Henrique Meirelles (MDB) ficará “independente” no segundo turno da campanha entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, ele informou que vai avaliar os programas de governo, após as eleições, para saber se apoiará o vencedor. “A minha posição é de independência e de avaliação sobre o que os candidatos, de fato, pretendem fazer”, disse.
“Haddad vai seguir o plano inscrito no TSE ou vai se guiar pelas mesmas diretrizes do primeiro mandato do Lula? O ex-presidente fez um bom governo do ponto de vista econômico. O de Dilma, entretanto, foi péssimo, um desastre. A linha econômica liberal do Bolsonaro me parece um bom plano. Agora, em entrevistas o candidato tem dito frases com conteúdo estatizante, aí é mais questionável”, disse o ex-ministro da Fazenda e ex-diretor do Banco Central.
Candidato derrotado à Presidência, ele abriu um sorriso, no entanto, quando soube que seu slogan “Chama o Meirelles” já foi transformado em “Chama o Bolsonaro”.
“Podem me imitar à vontade”, afirmou o ex-ministro da Fazenda. Apesar de ter obtido apenas 1,2% dos votos, Meirelles disse que não se arrepende de nada. Seu plano, agora, é montar um canal digital para divulgar propostas para o país. Ele será uma espécie de “youtuber”. “Nas pesquisas internas do partido saí com uma boa imagem da eleição. Isso, de fato, me dá uma possibilidade muito grande de influenciar o debate”, avaliou.
