Veja como investir e fazer o dinheiro render mais do que na poupança

O Metrópoles separou, com a ajuda de educadores financeiros, opções que vão desde a Bolsa de Valores ao tesouro prefixado

atualizado 18/06/2020 10:46

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Com o novo corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, o rendimento da poupança vai ficar, consequentemente, menor, aumentando a possibilidade de as pessoas “perderem” dinheiro a depender da inflação do ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promoveu a mudança nessa quarta-feira (17/06) e, agora, a taxa Selic está em 2,25% ao ano, o menor valor de toda a série histórica, iniciada em junho de 1996.

Como a poupança rende hoje 70% da taxa Selic, o dinheiro renderia 1,57% em um ano, considerando que nenhuma dessas taxas oscilem no período. A inflação prevista para 2020 pelo mercado financeiro, contudo, está um pouco maior, em 1,6%.

“Qual é a verdade? Se tem aversão a risco, faça aplicação financeira estável, mesmo que renda pouco. Mas quem já é aplicador e gosta de risco naturalmente vai estar procurando algo mais volátil”, diz o coordenador do MBA de gestão financeira do FGV, Ricardo Teixeira.

Dessa forma, alguns investidores devem estar pensando em sair da poupança. Em conversa com especialistas em educação financeira e investidores profissionais, o Metrópoles separou algumas boas opções. Confira:

Investimentos arriscados

Uma dessas alternativas é a Bolsa de Valores, que tem apresentado uma melhora nas últimas semanas, apesar de ainda oscilar bastante. A bolsa brasileira, a B3, registrou desde o início do ano mais de 700 mil novos investidores.

O analista chefe da Toro Investimentos, Rafael Panonko, considera também a possibilidade do day trade, que consiste em comprar um ativo e vendê-lo no mesmo dia. Ele explica que é preciso, neste caso, tempo e dedicação: funciona como um trabalho alternativo.

“O day trade acaba surgindo com a possibilidade de as pessoas fazerem uma renda extra. É mais que um investimento, é como uma atividade, pois é de curto prazo. Exige tempo, conhecimento e capital básico”, explica Panonko.

“É preciso separar um horário, um turno, para colher resultados consistentes. Se a pessoa tem só uma hora, por exemplo no horário do almoço, não funciona. É como se ela estivesse jogando, e acaba sendo um jogo de azar”, complementa.

Além da Bolsa de Valores, Ricardo Teixeira recomenda também que as pessoas comecem a pensar em investir em algum negócio, que, segundo ele, pode dar um retorno favorável durante os próximos anos, mesmo com a crise do novo coronavírus.

“Se alguém está pensando em correr um risco maior, tem que avaliar bem se pode perder dinheiro”, pontua o especialista em finanças.

Investimentos conservadores

No entanto, não é todo mundo que tem esse dinheiro extra para arriscar com investimentos de alta volatilidade. Para quem tem um perfil mais conservador, é recomendado aplicar o dinheiro em títulos fixos.

A planejadora financeira Annalisa Dal Zotto, sócia da ParMais, cita dois exemplos que podem render bem mais que a poupança, contudo em ambos é preciso aplicar o dinheiro e deixá-lo por um longo período.

“Se o prazo é daqui a cinco anos, fica bem melhor investir esse dinheiro em títulos públicos, como o tesouro prefixado ou o tesouro-inflação”, explica a especialista.

A rentabilidade anual do tesouro prefixado está em 4,15%, mas com vencimento apenas em 2023. O tesouro IPCA tem rentabilidade da inflação do ano mais 2,66%, com término em 2026. Confira aqui outras opções.

Annalisa explica que a renda fixa de curto prazo está rendendo pouco mais do que a poupança, mas talvez não valha a pena fazer essa troca, ainda mais se for pouco dinheiro. “A gente pode buscar um fundo de renda fixa, mas vai pagar taxa de administração e vai acabar sendo igual à poupança”, diz.

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