Petrobras pode mudar frequência de reajustes e política de preços

Alterações seriam justificadas pela imagem da estatal e pelo peso que a petroleira tem no mercado

atualizado 25/05/2022 9:44

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Mangueiras azul e amarela Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Petrobras deve mudar a frequencia de reajustes, e possivelmente, em tempos de crise, até a política de preços. Hoje, a petroleira trabalha com a paridade internacional de preços, que considera o valor do barril nagociado internacionalmente e o preço do dólar para compor o valor do petróleo produzido.

A indicação de Caio Mario Paes de Andrade para a presidência da estatal é um sinal de que essa política pode mudar. Segundo o jornal Estadão, a obrigação de a Petrobras ter gestão de empresa privada seria contornada para que a imagem da companhia melhorasse, como é feito em tempos de crise em qualquer área. E por ser tão dominante, a gigante do petróleo teria a possibilidade de fazer concessões, já que o impacto de sua política atinge a inflação em particular e a economia como um todo.

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Em tempos de crise causada pela guerra na Ucrânia, o valor do petróleo disparou, o dólar já estava bastante alto, que juntos encareceram os combustíveis em território nacional.

O presidente Bolsonaro (PL) quer que os preços não aumentem tanto, e deseja reduzir a frequência dos reajustes da Petrobras. Para isso, a estatal pode até mudar o estatuto da empresa.

Paralelamente, a empresa bateu lucro recorde no primeiro trimestre, R$ 44,56 bilhões, mais de 3000% em comparação ao mesmo período em 2021. O governo enxerga que a estatal “poderia dar a sua contribuição neste momento”.

Contra

Contrários à redução da frequência de reajustes argumentam que a empresa precida chegar ao dia 31 de dezembro com o preço na média da paridade internacional. Segurar os reajustes impediriam esse compromisso de acontecer. Para mudar isso, seria necessário mudar o estatuto da companhia para remover a obrigação do governo de indenizar a petroleirapor custos advindos dessa política.

O governo nega se distanciar da retórica pró-mercado, reforçando na nota de Ministério de Minas e Energia, em que o ministro Adolfo Sachsida reafirmou o compromisso de respeito à governança da companhia, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que guiam a Petrobras. O anúncio dos estudos para a privatização da petroleira reforçaria esse ponto de vista.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou em entrevista ao SBT News que, apesar da independência na gestão da estatal, ela deve estar “completamente alinhada” com o ministério. Disse tambpem que o foco do governo é reduzir os preços dos combustíveis.

A alta dos preços dos combustíveis e outros itens poderia ameaçar a reeleição do presidente Bolsonaro. O presidente já foi alertado sobre isso, inclusive. Apesar do que analistas apontam, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem um discurso mais liberal, não oferece resistência nessa pauta. Pelo contrário, o ministro e auxiliares apontam que a empresa pode contribuir no cenário em que o governo já reduziu tributos.

Mas o ministro é contrário de conceder subsídio, que é defendido por aliados do presidente. Ciro Nogueira disse que é uma alternativa, mas que Guedes não aprova. “Não posso externar se eu sou a favor ou contra. Eu sou fiel à política econômica do presidente e ele tem demonstrado que tem confiança total no ministro Paulo Guedes. Temos que reforçar essa visão que é majoritária no governo atualmente”, disse.

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