O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta quarta-feira (28/9) a realização de investimentos em quase todas as estatais até dia 31 de agosto deste ano. Dos R$ 96,5 bilhões do orçamento previsto para este ano, 80% será destinado ao setor petroleiro, ou seja, R$ 77,2 bilhões.
O percentual que salta aos olhos era o esperado neste ano, já que os recursos, segundo o documento, são próprios das estatais vinculadas aos setores. Ou seja, a receita que as empresas geram à União.
Consequentemente, o setor de petróleo, gás, derivados e biocombustíveis receberá a fatia de 80% dos recursos, enquanto outros setores, como energia elétrica (6,8%), defesa nacional (3,7%) e aviação civil (0,5%), receberão menos.
Vale lembrar que a Eletrobras foi desestatizada neste ano. Em 2021, fechou o ano passado com lucro consolidado em R$ 5,7 bilhões, uma redução de 11% em relação ao lucro apresentado no ano de 2020, que foi de R$ 6,3 bilhões. A empresa é responsável por 28% da geração da energia elétrica do Brasil.
Para entender melhor essa destinação bilionária à Petrobras, o Metrópoles conversou com o economista Adriano Pires. Ele, que já foi indicado para presidir a petroleira neste ano, explicou que o alto percentual é esperado devido à valorização do barril no mercado internacional, já que a política de preços da estatal é por meio do PPI.
“É dinheiro dela, a empresa neste ano teve lucros, então é natural que tenha maior investimento com recursos próprios” disse. “O foco desse investimento é na produção no pré-sal. A Petrobras investe para que continue crescendo para produzir mais petróleo, declarou.
A Petrobras lucrou no primeiro semestre de 2022 R$ 98,8 bilhões, isso é 124% a mais do que lucro obtido no primeiro semestre do ano passado.
