O Ministério da Economia (ME) oficializou o reajuste de 5,45% nos valores dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima de um salário mínimo.
A alteração consta em portaria publicada nessa quarta-feira (13/1), no Diário Oficial da União (DOU), pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do governo federal.
O piso da Previdência Social saiu de R$ 1.045, em 2020, para R$ 1,1 mil, em 2021. No entanto, o valor do mínimo pode aumentar, uma vez que ficou abaixo da correção da inflação.
“A partir de 1º de janeiro de 2021, o salário de benefício e o salário de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 1.100,00, nem superiores a R$ 6.433,57”, informou o ME.
Para ajudar o leitor, o Metrópoles elaborou uma calculadora que mostra o valor do benefício – seja aposentadoria, pensão ou outro – a ser recebido neste ano, após o reajuste.
Basta informar o valor do seguro ganho em 2020 e quando começou a receber – pessoas que começaram a fazer jus do benefício a partir de fevereiro do ano passado terão um reajuste menor, devido à inflação. Veja:
Entenda
A correção se baseia no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020, divulgado na terça (12/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conhecida como inflação para famílias pobres, o INPC acumulou alta de 5,45% ao longo do ano passado. O índice foi puxado sobretudo pelo crescimento dos preços dos alimentos.
Segurados que começaram a receber o benefício ao longo do ano passado terão uma taxa de reajuste diferente, que muda conforme o mês de início do pagamento da aposentadoria, auxílio ou pensão.
Quem começou a receber a aposentadoria em julho, por exemplo, não teve o valor do benefício impactado pela inflação dos meses anteriores.
Apesar disso, com o reajuste aplicado, ninguém pode receber menos do que o mínimo. Confira a tabela de correção:
O piso é definido de acordo com o salário mínimo, que aumentou de R$ 1.045 para R$ 1,1 mil, segundo medida provisória (MP) publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no fim do ano passado.
Porém, o reajuste anunciado por Bolsonaro para 2021, de 5,26%, está abaixo da inflação medida pelo INPC no período, o que significa perda no poder de compra do brasileiro.
Isso aconteceu em 2020, e o governo reajustou o mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045. Neste ano, contudo, o Ministério da Economia ainda não se pronunciou sobre o assunto.
