Economia doméstica: saiba como manter contas de casa longe da inflação

Inflação, em especial a dos alimentos, tem pressionado o orçamento das famílias. Momento é de conter gastos e evitar o endividamento

atualizado 23/02/2025 16:40

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Mulher com calculadora faz contas do mês Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Com a inflação rondando os 5%, o orçamento das famílias tem sido pressionado. Os preços dos alimentos crescem em patamares superiores e comprimem ainda mais o poder de compra dos brasileiros. Especialistas alertam que as famílias devem conter gastos, cortando despesas não essenciais, e evitar o endividamento.

Inflação acumulada do ano vai a 4,83% e estoura o teto da meta em 2024

Novas dívidas são impactadas pela taxa básica de juros, a Selic, que está alta, em 13,25% ao ano, e deverá subir ainda mais. Há sinais fortes de que a taxa irá para 14,25% ao ano em março. Em momentos de aperto monetário como o atual, o custo de crédito fica maior, ou seja, empréstimos e financiamentos ficam mais caros. Portanto, vale a pena ficar atento para proteger seu patrimônio e manter as finanças em dia.

Especialistas da Unicred — um dos três principais sistemas de cooperativas de crédito brasileiros junto com o Sicredi e o Sicoob — alertam que, neste cenário econômico, é prudente rever grandes compras ou adiar a ideia de assumir novos compromissos financeiros que possam comprometer a renda futura. “Se possível, opte por pagamentos à vista que podem oferecer descontos e evitar a incidência de juros”, sugere.

Já estou endividado (a), e agora?

Se já estiver com dívidas contratadas e encontrar dificuldades para pagá-las, a sugestão é entrar em contato com o credor ou o gerente do seu banco para negociar uma solução.

“Renegociar dívidas antigas pode evitar que a inadimplência já registrada afete ainda mais negativamente o histórico”, explica Cristiano Rocha, CRO da Geru, fintech de crédito.


Dicas para manter o equilíbrio das contas domésticas

  • Comece agora. Não deixe para o mês que vem, semana que vem, outro dia. É preciso começar hoje. Monte uma planilha ou utilize algum aplicativo para controlar todos os seus gastos, incluindo as despesas pequenas, porque é impossível gerenciar aquilo que não se conhece. Muitas pessoas ficam impressionadas com o percentual que alguns gastos representam em seu orçamento total.
  • Corte despesas. Só é possível equilibrar as contas de duas formas: aumentando as receitas ou cortando despesas. As famílias precisam sentar e identificar quais são os gastos não essenciais que podem ser cortadas neste momento. Reduzir as assinaturas de streamings e os planos de internet são opções.
  • Planeje compras de mercado e refeições. Antes de ir ao supermercado, separe o valor máximo que pretende gastar e tente ficar dentro desse limite. Nas gôndolas, compare embalagens, marcas e prazos de validade para identificar o melhor custo/benefício. Evite levar os filhos pequenos para as compras e identifique os dias de promoção dos supermercados. Na hora de preparar os alimentos, priorize o planejamento, que evita compras em momentos de urgência ou a tentação de recorrer a aplicativos de entrega.
  • Promoções e descontos são bem-vindos quando você precisa gastar, mas só se você precisar mesmo. Muitas pessoas acabam gastando só porque algo está “mais barato”, e não porque elas precisam. Utilize a regra das 48 horas: ao ver uma TV, celular ou algo, no shopping ou na internet, pense por 48 horas se você realmente precisa disso. Dessa forma, a chance de arrependimento será menor.
  • Cuidado com as dívidas. Com o patamar dos juros no Brasil, é muito fácil se meter em uma enrascada. Casa, carro e outros itens com financiamento e juros mais longos devem ser exaustivamente discutidos e pensados na família para que uma decisão não comprometa anos de vida. Algumas compras podem ser adiadas para um momento mais oportuno.
  • Renegocie dívidas. Se você já está com muitas dívidas, corra para renegociar tudo, e brigue ao máximo para reduzir os juros.

De acordo com levantamento realizado pelo Serasa, o último mês de 2024 registrou a marca de 73,51 milhões de endividados. Entre a maior fatia da população com nome restrito, estão os brasileiros com idades entre 41 e 60 anos, representando 35,1%.

Na sequência, estão as faixas etárias de 26 a 40 anos (33,8%), acima de 60 anos (19,3%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,7%). Apesar do número alto, houve uma queda de 0,37% em relação a novembro.

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