Segundo dados apresentados pela Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, a dívida bruta do governo pode alcançar 95,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2031.
Em maio, a instituição projetava que esse percentual seria de 80,9%. A piora no cenário fiscal do país fez com que a IFI revisse seus números.
De acordo com as novas projeções, a dívida bruta do governo deve ficar em 76,6% em relação ao PIB em 2022. Inicialmente, a estimativa para este ano era de 78%. A entidade alerta, no entanto, que a redução deverá ser revertida em 2023, em meio ao pessimismo generalizado em relação ao resultado primário.
Ainda segundo a IFI, o Brasil deve passar de um superávit primário de 0,5% do PIB em 2022 para um déficit de 0,9% no ano que vem.
Para que a dívida seja estabilizada no patamar de 76,6% neste ano, seria necessário um superávit primário médio de 1,5% do PIB em 2023 – o que, pelo menos até este momento, está fora do radar.
Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que deve abrir espaço no Orçamento para o pagamento de benefícios sociais, o aumento potencial das despesas primárias da União deve ser de R$ 173,1 bilhões em 2023, segundo a IFI.
