“Não há debate ainda no PSol”, diz Boulos sobre apoio a Lula em 2022

Apesar da indefinição, Boulos admite a possibilidade de o PSol desistir da Presidência para apoiar o petista na corrida pelo Planalto

atualizado 13/03/2021 17:44

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Guilherme Boulos Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – Guilherme Boulos, candidato a prefeito de São Paulo em 2020, falou sobre a possibilidade de o PSol, seu partido, desistir da candidatura à Presidência da República para apoiar Lula na disputa em 2022.

Para Boulos, que participou na manhã deste sábado (13/3) da inauguração de um projeto solidário do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a ideia defendida pela maioria do partido é a de construção de uma frente ampla para concorrer com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Tenho defendido, já desde o fim das eleições do ano passado, construir uma unidade”, afirmou ao Metrópoles.

Em recente conversa com reportagem, o psolista criticou a gestão Bolsonaro no combate à pandemia. “O Bolsonaro está estabelecendo fascismo de coalizão, é uma coisa nova. É a reunião de autoritários corruptos e o mercado financeiro. Não há de se colocar qualquer tipo de contrapartida do ponto de vista de retirada de direitos.”

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Ele perdeu o segundo turno das eleições municipais de 2020 para Bruno Covas
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Guilherme Boulos (PSol), líder do MTST

Fábio Vieira/Especial Metrópoles
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Bruno Cirillo/Especial Metrópoles
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Ele perdeu o segundo turno das eleições municipais de 2020 para Bruno Covas

Confira a conversa com Boulos:

O Estadão publicou uma matéria que fala sobre uma possível discussão dentro do PSol para que o partido deixe de concorrer à Presidência para apoiar Lula. Isso chegou até você?

O PSol ainda não fez discussão em suas instâncias sobre as eleições de 2022. Nós temos uma defesa, e eu tenho defendido, já desde o fim das eleições do ano passado, de [construir] uma unidade. De construir a unidade justamente pela situação do país: Bolsonaro, 2 mil pessoas morrendo por dia, pandemia descontrolada, fome, desemprego. A situação do país é crítica e exige que a gente tenha responsabilidade histórica e grandeza para colocar o objetivo de superar este pesadelo à frente de qualquer projeto menor. A discussão que existe dentro do PSol é esta. Não houve ainda dentro do PSol um debate específico sobre 2022.

Você encontrou Lula na última quarta-feira (10/3), no pronunciamento do ex-presidente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Vocês chegaram a falar sobre campanha presidencial?

Não falamos, não. Fui assistir ao discurso do Lula, ele me ligou convidando, fui solidário com ele nesse período todo contra a farsa judicial que foi liderada pelo [ex-juiz] Sergio Moro.

Sua ideia de uma frente ampla para 2022 ainda está de pé depois da anulação dos processos de Lula na Operação Lava Jato?

A disposição de construir uma unidade do campo progressista é chave. Hoje, no cenário que o Brasil vive, é essencial que a gente busque unidade. Eu tenho trabalhado para isso.

É possível unir a esquerda para 2022?

É possível, sim, construir uma frente de esquerda para 2022.

Existe algum tipo de resistência dentro do PSol no apoio a Lula?

Esse debate não foi feito. Não existe nem resistência, nem posição. O que existe é posição majoritária dentro do partido de construção para unidade em 2022.

A partir de que momento será possível avançar no diálogo?

O PSol vai ter seu congresso que deve iniciar no meio do ano. Esse debate vai ser feito no processo congressual do partido?

Já tem data para acontecer?

Ainda não, está sendo definido agora. Provavelmente vai ser virtual.

Nos últimos dias, você virou réu por invasão ao triplex no Guarujá (SP). Como você recebeu a decisão?

Aquela denúncia é um absurdo, chega a ser cômica a denúncia do Ministério Público Federal. Foi uma manifestação feita pela Frente Povo Sem Medo e MTST para denunciar a maneira que foi utilizado o triplex no processo judicial contra Lula e houve uma denúncia que não tem pé nem cabeça, não para em pé. Nossa equipe de advogados vai recorrer.

Você se vê vítima de perseguição política?

Não tenho dúvida. Isso aconteceu há três anos e a denúncia veio dois meses depois de eu ter 2 milhões de votos em São Paulo e fui ao segundo turno [da disputa pela prefeitura de São Paulo].

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