O dólar fechou a sexta-feira (25/3) com queda de 1,75%, cotado a R$ 4,747. Trata-se do menor valor em mais de dois anos – desde 11 de março de 2020, quando terminou a R$ 4,723.
A baixa da moeda norte-americana nesta semana foi de 5,35%. Na comparação com fevereiro, o dólar perdeu 7,92% e a desvalorização anual ficou em 14,86%. Em 2022, a queda acumulada da divisa é de 12,5%, com 10 das 12 semanas do ano fechadas em baixa. No último pregão de 2021, o dólar terminou cotado a R$ 5,57.
Esse recuo do dólar está relacionado aos juros elevados no Brasil e à alta do preço das commodities no mundo, o que fortalece moedas de países exportadores como o Brasil, considerados menos vulneráveis às tensões geopolíticas.
O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, apurou que a equipe econômica trabalha para que a cotação do dólar chegue a R$ 4,50 em abril deste ano. O principal objetivo, dizem integrantes do time do ministro Paulo Guedes, é ajudar a baixar a inflação no Brasil.
O euro também caiu nesta sexta-feira, e vale R$ 5,2166. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, terminou o dia quase estável, aos 119.081,13 pontos e variando 0,02% para cima.
O petróleo, por outro lado, continuou sua trajetória de altas, mesmo que desaceleradas. O barril do WTI, para entrega em maio, avança 0,67%, a US$ 113,10, enquanto o Brent para o mesmo mês sobe 0,63%, a US$ 119,78. Os preços apresentaram alta principalmente após uma explosão em planta da estatal saudita Saudi Aramco, maior exportadora de petróleo do mundo.
