Rio de Janeiro – A remoção dos destroços do avião que caiu e matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, no dia (5/11), é realizada pela Fervel Auto Socorro, de Caratinga (MG). No mercado há mais de 40 anos, a empresa é especializada em resgates, mas está atuando pela primeira vez em um acidente de avião.
O dono da empresa, Amadeu Alexandre, afirmou que dois caminhões são utilizados para recolher as partes da aeronave. Pelo menos dez funcionários da Fervel trabalham especificamente nessa remoção para preservar o máximo possível de provas. Os destroços serão levados para o Rio de Janeiro entre o fim da noite desta segunda-feira (8/11) e a madrugada desta terça-feira (9/11).
“Tudo está sendo acompanhado pelos peritos e vai para o pátio da empresa em Caratinga até ir para o Rio”, disse ao Metrópoles.
O trabalho de retirada dos dois motores foi finalizado nesta tarde. O acidente ocorreu sexta-feira (5/11), em Caratinga, a 309 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
A meta é que as peças do avião sejam transportadas e cheguem na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, para serem analisadas por peritos da Aeronáutica na manhã de terça-feira (9/11).
“Conseguimos retirar um dos motores que caiu a 300 metros do avião em um local com muita dificuldade de acesso. Agora, vamos transportar o outro que na queda ficou bem mais perto da aeronave”, afirmou Amadeu Alexandre.
Veja as imagens:
Peritos da Aeronáutica
De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), todo o trabalho é acompanhado por peritos, que também são responsáveis por ouvir testemunhas.
“O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, divulgou o órgão em nota.
O Acidente
O avião da Pec Táxi Aéreo caiu em um local de difícil acesso em uma cachoeira na sexta-feira (5/11), próximo ao aeroporto onde ia pousar em Caratinga. Marília, seu produtor e seu tio, além do piloto e do copiloto, saíram de Goiânia para a zona rural de Minas Gerais, onde a sertaneja faria um show para 8 mil pessoas.
A morte da artista, de 26 anos, e dos passageiros criou uma comoção nacional. A aeronave tem capacidade para seis passageiros e segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estava em situação regular.
