São Paulo – Um grupo de deputados estaduais e federais protocolou uma representação no Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) para pedir a investigação do deputado Arthur do Val (sem partido), conhecido como Mamãe Falei, por suas falas sexistas sobre mulheres ucranianas. O caso foi revelado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
No documento, os parlamentares buscam investigar se Arthur do Val cometeu os crimes de incitação ao racismo e preconceito por origem nacional, previstos na Lei 7.716/1989.
A representação é encabeçada pelo deputado estadual Danilo Balas (União-SP) e também é assinada pelos parlamentares estaduais Major Mecca (PL-SP), Frederico D’Ávila (PL-SP), Gil Diniz (União-SP), Castello Branco (PL-SP), Valéria Bolsonaro (PRTB-SP) e Coronel Zucco (PL-RS); pelos deputados federais Carla Zambelli (União-SP), Major Fabiana (União-RJ), Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) e General Girão (União-RN); pela vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (PL-SC); e pelo policial Coronel Aginaldo, marido de Zambelli.
Todos os que assinam se declaram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente chamou a fala de Arthur do Val de “asquerosa”.
Saída do MBL
Na última sexta-feira (4/3), vieram à tona áudios que o deputado conhecido como Mamãe Falei enviou em um grupo de WhatsApp a colegas do Movimento Brasil Livre (MBL), nos quais ele diz que ucranianas “são fáceis porque são pobres”, incentiva o turismo sexual, entre outras frases machistas.
Depois da divulgação dos áudios, ele anunciou a saída do MBL e a desfiliação do Podemos. Agora, Mamãe Falei é alvo de processos no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que poderão resultar em sua suspensão ou até perda de mandato.
Nessa quarta-feira (9/3), o conselho já recebeu 21 representações sobre o tema.
