Dengue: governo anuncia criação de Centro de Operações de Emergências

Segundo a ministra Nísia Trindade, a medida permite que o governo atue de forma mais ágil para organizar estratégias para combater a dengue

atualizado 01/02/2024 12:30

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combate dengue arboviroses Vinícius Schmidt/Metrópoles

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou, nesta quinta-feira (1º/2), a criação de um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para combater o surto de dengue no país.

Segundo a ministra Nísia Trindade, a medida permite que o governo atue de forma mais ágil para organizar o sistema de saúde e ações de vigilância sanitária de forma coordenada com estados e municípios.

“É uma mensagem de mobilização nacional. De um Brasil unido contra a dengue. Um chamamento público para a união de todo o país neste momento para proteger a população e prevenir, pois sabemos que mais de 75% dos focos do mosquito se encontram nas casas”, explicou a ministra.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona, para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Um balanço sobre o cenário da dengue no país, divulgado nessa terça (30/1) pelo Ministério da Saúde, mostra que nas primeiras semanas de 2024 houve 217.841 casos prováveis da doença. Até o momento, 15 mortes foram confirmadas e 149 estão sob investigação.

A primeira remessa com cerca de 757 mil doses de vacina contra a dengue chegou ao Brasil em 20 de janeiro. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, tem entrega prevista para fevereiro. Além do primeiro lote de 1,3 milhão de imunizantes, a pasta comprou 5,2 milhões de doses para 2024.

“A vacina é nossa esperança para um futuro sem dengue, mas hoje não é o instrumento de maior impacto. Temos que, principalmente, prevenir e cuidar: fazer o controle dos focos do mosquito em nossas casas e cuidar de quem adoece. Contamos com todas e todos nessa campanha”, disse Nísia.

A vacina será aplicada na população prioritária de regiões endêmicas, em 521 municípios, ainda em fevereiro.

COE da dengue

Conforme a pasta, o objetivo da instalação de um centro de operações é elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos provocados pela dengue.

Desta forma, o governo federal passa a monitorar a situação para, assim, orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistência e controle de vetores. Todo o planejamento é feito em conjunto com estados e municípios.

“O COE reforça a nossa capacidade de mobilização, não só das ações de vigilância, mas a rede de atenção. Também reforça a presença de outros ministérios, como no caso do combate à questão de focos em pneus, terrenos abandonados, então isso requer uma grande mobilização. O COE significa um estágio de mais estruturação para situações de emergência e para nos antecipar a locais em que novas emergências possam surgir”, resumiu a ministra.

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