Delação de Mauro Cid está “lastreada em fatos”, diz Gilmar Mendes

O ministro do STF Gilmar Mendes disse que a delação premiada não deve ser anulado por cobranças a Alexandre de Moraes

atualizado 25/02/2025 21:20

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Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é entrevistado no estúdio Metrópoles KEBEC NOGUEIRA/ METRÓPOLES @kebecfotografo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em conversa com jornalistas nesta terça-feira (25/2), afirmou que a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, à Polícia Federal (PF) está ‘lastreada em fatos’.

O magistrado também destacou que a delação premiada de Mauro Cid não deve ser anulada por cobranças ao ministro Alexandre de Moraes.

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro levantou dúvidas sobre a audiência de Cid com Moraes, em que afirmou que o ministro do STF teria ameaçado o pai, a esposa e a filha de Cid para pressioná-lo a colaborar com as investigações.

“É claro que a delação do Mauro Cid é extremamente importante. Mas nós estamos vendo que ela está lastreada em fatos. Vocês têm divulgado um diálogo que o ministro Alexandre de Moraes mantém com ele, mostrando as contradições. Mas as contradições que ele mostra (são) diante de fatos já investigados, dizendo: ‘Isso não corresponde à verdade'”, declarou Gilmar.

O decano não crê que mudaria alguma coisa alterar para plenário o julgamento de Bolsonaro, previsto para ocorrer na 1ª turma, formada por Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. “Não mudaria nada. Talvez, se discutíssemos isso no pleno, muito provavelmente aquelas pessoas que quisessem acreditar em votos absolutórios de outros, elas diriam que está correto o voto absolutório”, disse.

Contradições

A Polícia Federal observou contradições nos depoimentos de Mauro Cid. Em novembro de 2024 uma audiência foi realizada no STF para esclarecer os fatos. Nesse encontro o ministro Alexandre de Moraes iria decidir se o acordo de delação de Mauro Cid seria mantido ou não. Após a oitiva, o ministro considerou que as contradições quanto aos depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) foram esclarecidas.

“Se houver, colaboração, delação, de algum interessado, será o relator que fará a audiência, eventual juiz instrutor, e depois haverá a homologação. Então é um pouco o processo que nós temos. Não vejo como isso possa propiciar nulidade”, disse Gilmar Mendes.

A delação de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, foi fundamental para embasar grande parte das investigações, que culminaram na denúncia de 34 pessoas.

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