Defesa de Flordelis quer levar júri à casa de pastor e ouvir deputados

Advogados arrolaram ainda como testemunhas da ex-parlamentar um desembargador entre as 28 pessoas para serem convocadas

atualizado 13/03/2022 11:14

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Rio de Janeiro – A defesa da deputada federal cassada Flordelis dos Santos de Souza encaminhou à juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis Arce, uma lista com 229 pedidos. O documento, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, solicita logística para levar os sete jurados à casa onde o pastor Anderson do Carmo foi morto em 2019. Ele morava na região metropolitana do Rio com a ex-parlamentar e filhos.

A defesa da pastora, comandada pelos advogados Rodrigo Faucz e Janira Rocha, arrolou ainda como testemunhas, o desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio, e três deputados federais. São eles: Hugo Leal e Cezinha ambos do PSD, partido que expulsou Flordelis, além de Abílio Santana (PL-BA).

As autoridades estão entre as 28 pessoas que a defesa convoca para prestar depoimento. “Os jurados têm contato com processo no dia do julgamento e esse tem quase 35 mil páginas. Queremos dar o máximo de informações aos julgadores”, afirma Janira Rocha. De acordo com a defesa de Flordelis, a possibilidade de requerimento de deslocamento está prevista no ordenamento jurídico.

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Flordelis foi cassada na Câmara dos Deputados em 11/8
Flordelis foi presa em casa, em Niterói (RJ), em agosto de 2021
Flordelis teve o mandato cassado no início de agosto
Deputada Flordelis no Conselho de Ética da Câmara
A ex-congressista deve ir a júri popular, no Rio de Janeiro
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Imagem da ex-deputada ao ser fichada na prisão

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Flordelis foi cassada na Câmara dos Deputados em 11/8

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Flordelis foi presa em casa, em Niterói (RJ), em agosto de 2021

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Flordelis teve o mandato cassado no início de agosto

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Deputada Flordelis no Conselho de Ética da Câmara

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A ex-congressista deve ir a júri popular, no Rio de Janeiro

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Dos 229 pedidos, 213 são sobre laudos de perícias de equipamentos, como telefones, computadores, HDs e pen-drive. A defesa alega que não teve acesso à boa parte do material, inclusive escutas telefônicas, e aponta irregularidades na manipulação dos objetos apreendidos.

“As pessoas não podem ser condenadas sem provas. A apreensão de material tem que respeitar uma cadeia de custódia, como o uso de lacre dos objetos, identificação de quem manipulou. A nossa estratégia é ter todas as informações sobre as provas e mostrar as irregularidades. Sem contraditório, a prova não é válida”, justifica Janira.

Sem dar detalhes, a defesa ainda requisitou uma psicóloga da Justiça para entrevistar e avaliar a ocorrência de abusos emocionais e sexuais contra uma menor.

Os advogados também pediram a quebra do sigilo bancário de Flordelis, de Anderson do Carmo, da empresa Igreja Ministério de Flordelis e Wagner Andrade Pimenta, o Misael, um dos quatro filhos que rompeu o silêncio sobre a morte do pastor e acusou a ex-deputada.

Rodrigo Faucz e Janira Rocha também defendem Marzy Teixeira e Rayane dos Santos, filha adotiva e neta respectivamente da líder religiosa, rés no processo. Os dois demandaram da Justiça que as acusadas sejam mantidas próximas aos seus defensores “excluída a possibilidade de utilização do famigerado e inconstitucional banco dos réus”.

Também pleiteiam que “seja colocada a defesa em igualdade de condições com a acusação, preferencialmente, do lado esquerdo do Juízo, na mesma distância e no mesmo patamar do Ministério Público“.

Crime

O pastor Anderson do Carmo, de 42 anos, foi morto a tiros quando chegava em casa com a esposa na madrugada de 16 de junho de 2019. Casada há mais de 20 anos com o pastor, Flordelis é acusada de ser a mandante do crime. Na ocasião, a líder religiosa disse que o marido havia morrido tentando defender a família de criminosos.

Em novembro do ano passado, os acusados de executar o plano de morte do pastor, Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e Lucas Cezar dos Santos Souza, adotivo, foram condenados pela Justiça. A pastora nega envolvimento no crime.

A Justiça decidiu que a ex-parlamentar e mais nove réus vão a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada.

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