Com impasse em emendas, Câmara adia votação sobre corte de gastos

Deputados não apreciaram pedido de urgência à PEC do corte de gastos nesta terça-feira (3/12). Previsão é que votação ocorra nesta quarta

atualizado 03/12/2024 23:49

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Foto colorida do Plenário da Câmara dos Deputados - Metrópoles Mário Agra/Câmara dos Deputados

O pacote de gastos do governo federal, que tem por objetivo manter de pé o arcabouço fiscal, teve a votação do pedido de urgência adiada nesta terça-feira (3/12). O texto entrou em pauta na Câmara dos Deputados, mas acabou não avançando.

O pedido de urgência visa a simplificar a tramitação, abreviando a apreciação e a discussão dos textos na casa. A previsão é que a votação possa acontecer na quarta-feira (4/12).

A medida pode ter ligação com restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) às emendas parlamentares. Na segunda-feira, o relator do assunto na Corte, ministro Flávio Dino, autorizou a dispensa das verbas, mas com ressalvas. Os pontos foram referendados pela Corte, por unanimidade no plenário virtual. Nesta terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou pedido à corte para que Dino reconsiderasse três restrições.

O pacote fiscal do governo federal prevê que as medidas proporcionem uma economia de R$ 70,5 bilhões nos próximos dois anos. A medida é essencial para a manutenção do arcabouço fiscal, o conjunto de regras que visa controlar os gastos públicos. O arcabouço prevê que a dívida seja reduzida até que, em 2028, o governo alcance um superávit de R$ 150 bilhões.

A falta de credibilidade no respeito às regras do arcabouço levaram mau humor ao mercado financeiro. Desde antes de o pacote fiscal ser anunciado, o dólar já apresentava alta. A moeda chegou a bater R$ 6,05 na sexta-feira (29/12) e recuou no início desta semana, mas ainda permanece acima dos R$ 6.

Como o governo quer economizar

O governo federal enviou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à Câmara e também deve apresentar um projeto de lei complementar.

Os textos propõem restrição a benefícios de militares; uma trava para frear o ritmo de reajuste do salário mínimo, ainda que permita ganhos reais; aumento no imposto para os “super-ricos”, ou seja, pessoas que tenham renda superior a R$ 50 mil por mês; implantação de biometria para a concessão de benefícios da Previdência Social, entre outros pontos.

A oposição critica o texto. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) considera que o governo quer aplicar à população mais pobre regras que ele mesmo não se empenha em respeitar. “Vimos a limitação do abono salarial. Eles querem atrelar à regra do arcabouço fiscal. Bom, eles não cumprem as regras do arcabouço fiscal, mas a população, o mais pobre vai ter que cumprir essas regras, vai ter que estar sujeito a essas regras”, disse.

Junto com as medidas de restrição fiscal, o governo propôs ampliar a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Este trecho ainda não foi formalizado em proposta para o legislativo, mas é alvo de críticas.

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