São Paulo – O estado de São Paulo registrou 517 mortes por Covid-19 nesta terça-feira (9/3). Trata-se do maior número já de óbitos apresentado desde o início da pandemia, superando, inclusive, o dia 2 de março, quando 468 vidas foram perdidas em 24 horas.
De acordo com o governo paulista, 16.058 pessoas tiveram o diagnóstico positivo para a doença nesta terça. Ao todo, São Paulo tem 62.101 óbitos e 2.134.020 casos confirmados da doença. A primeira morte no estado aconteceu em 17 de março de 2020.
Somente a capital paulista apresenta 19.207 mortes causadas pelo coronavírus, ou seja, quase um terço do total.
No pior momento da pandemia, o estado está à beira do colapso na saúde. A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Covid-19 está em 82% na soma dos 645 municípios.
Por outro lado, a Grande São Paulo, que inclui a capital, tem 82% das vagas de UTI ocupadas, marca jamais registrada na pandemia de coronavírus. Já os leitos de enfermaria estão com 66% de ocupação no estado, enquanto na Grande São Paulo está na casa de 74,2%.
O número de pacientes internados é de 20.314, sendo 11.342 em enfermaria e 8.972 em UTI, informa o governo estadual.
Em nível de comparação, o total de vidas perdidas em São Paulo nesta terça é duas vezes maior do que o registrado em todo o Reino Unido nesse mesmo dia, com 231 mortes e 5.766 casos positivos.
Fase vermelha
Desde sábado (6/3), o estado de São Paulo está na fase vermelha, a mais restritiva do plano de quarentena, para conter o avanço da Covid-19. A iniciativa tem duração até 19 de março.
No entanto, cidades como São José dos Campos e Aparecida, no interior, entraram na Justiça para progredirem para a fase laranja e abrir o comércio.
Além dessa medida, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), implementou o chamado toque de restrição. A intenção é coibir aglomerações de pessoas e festas clandestinas entre 20h e 5h.
