Atualmente na Arquidiocese de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o padre Robson de Oliveira Pereira já enfrentou denúncias de desvio de milhões de reais de fiéis que contribuíam para a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que ele presidia.
O padre Robson de Oliveira foi alvo da Operação Vendilhões, que teve início no ano de 2020, e apurou eventuais desvios financeiros na gestão da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que era presidida pelo religioso.
A investigação foi arquivada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Afipe foi criada para administrar as doações em dinheiro enviadas por fiéis e utilizar os recursos arrecadados na construção do novo Santuário Basílica de Trindade, conhecida como a “capital da fé” em Goiás.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), o valor arrecadado chegava a cerca de R$ 20 milhões por mês.
O santuário estava em construção, iniciada em 2012, e com previsão de término em 2022. O orçamento para a obra era estimado em R$ 100 milhões. Trata-se de uma megaconstrução iniciada em 2012.
O padre foi afastado da presidência da Afipe assim que a Operação Vendilhões foi deflagrada e surgiram suspeitas de que ele teria utilizado o dinheiro desviado para adquirir fazendas e até uma casa na praia.
Arquivamento das investigações
O sacerdote encerrou o ano de 2021 com a notícia de arquivamento das investigações feitas pelo MPGO. A decisão, primeiro, partiu do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e, em seguida, acabou mantida pelo STJ. À época, entendeu-se que os promotores que investigavam o caso não juntaram provas suficientes dos crimes atribuídos ao padre.
O padre Robson está atualmente na Arquidiocese de Mogi das Cruzes, em São Paulo, para onde se transferiu de Goiás em agosto de 2023, após o escândalo envolvendo o nome dele.
Antes disso, o padre ficou cerca de três anos afastado das funções da Igreja Católica. As denúncias contra Robson tiveram o processo que as congregava arquivado pela Justiça.
