Caso Henry: cassação de vereador Jairinho será votada na Câmara do Rio

Antes reconhecido pela influência política, parlamentar acusado por morte de menino de 4 anos está isolado em julgamento desta quarta-feira

atualizado 30/06/2021 10:14

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Jairinho, indo fazer exame de corpo delito no IML do Rio Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – A acusação pela morte brutal do menino Henry Borel, de 4 anos, isolou o médico e vereador Jairo dos Santos Souza Junior (sem partido) na Câmara Municipal do Rio. Antes considerado por seus pares como um nome influente da Casa, ele agora está sem aliados que o defendam, ao menos, publicamente.

Dr. Jairinho, nome político que adotou, será o primeiro vereador da história da Câmara do Rio a enfrentar a votação de um processo de cassação. A sessão será realizada na tarde desta quarta-feira (30/6).

Em sua trajetória política, ele chegou a ser líder na Câmara do governo Eduardo Paes (PSD), no segundo mandato (2013-2016). Também atuou na mesma função na gestão do ex-prefeito Marcello Crivella (Republicanos).

Nos bastidores, vereadores avaliam que o prestígio político de Jairinho se desintegrou com o avanço das investigações do caso Henry Borel. A causa da morte do menino está relacionada a uma sequência de espancamento atribuída ao político.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar votou por unanimidade pela cassação que agora será julgada em plenário. “Acredito que não haverá voto contrário à cassação. Há pressões sempre. Ele é filho de deputado que foi mencionado na CPI das Milícias. Mas ninguém vai querer comprometer sua imagem”, analisou o vereador Chico Alencar (PSol), membro do Conselho.

Alencar se referiu ao deputado estadual Coronel Jairo (Solidariedade) citado na CPI das Milícias em 2008 da Assembleia Legislativa (Alerj).

Coronel Jairo chegou a procurar lideranças da Câmara dos Vereadores alegando que a cassação do filho seria um julgamento antecipado, mas o pedido não surtiu efeito. Procurado pelo Metrópoles, coronel Jairo não se pronunciou.

O Rito

O relator, vereador Luiz Ramos Filho (PMN), fará a leitura de seu parecer, favorável à cassação.  Em seguida, os vereadores interessados podem discursar por até 15 minutos cada. A defesa terá até duas horas para se manifestar. Líderes de partidos e blocos podem se manifestar para orientar suas bancadas.

A votação será nominal, por meio do painel eletrônico de votação. Para ser cassado, Jairinho terá que receber 34 votos a favor dos 50 parlamentares aptos a votar.

Caso Henry

Padrasto do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março, ele e a mãe de Henry, Monique Medeiros, estão presos acusados de envolvimento no crime.

Logo após a morte, eles levaram o garoto para o hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, zona oeste. O casal alegou acidente doméstico na ocasião.

Depois do caso Henry, Jairinho foi acusado ainda na Justiça de tortura contra a filha de uma ex-namorada dele, entre os anos de 2011 e 2012. Segundo a acusação, a criança, então com quatro anos, foi submetida a intenso sofrimento físico e mental, como forma de castigo pessoal.

Jairinho também foi denunciado por tortura contra um menino, filho de ex-namorada. Ele submeteu menino, à época do fato com dois anos, a sofrimento físico e mental, em 2015.

O Ministério Público pediu a condenação do político também pelo crime de tortura em função das outras duas acusações existentes.

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Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso por suspeita de participação na morte do garoto
Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel Medeiros, ao serem presos no dia 8 de abril
Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril
Dr. Jairinho e Monique Medeiros
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Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril

Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso por suspeita de participação na morte do garoto

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Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel Medeiros, ao serem presos no dia 8 de abril

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Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril

Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Dr. Jairinho e Monique Medeiros

Reprodução G1

 

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