Brasil registrou uma morte violenta de LGBTs a cada 27 horas em 2021

Ao todo, foram registradas 316 mortes, número 33,33% maior que em 2020, quando ocorreram 237 óbitos

atualizado 12/05/2022 9:21

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Pessoas manifestam em rua com bandeira LGBT Giovanna Bembom/Metrópoles

Dossiê divulgado nessa quarta-feira (11/5) aponta que, em 2021, a cada 27 horas uma pessoa morreu vítima da violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil. Ao todo, foram registradas 316 mortes, o que representa um aumento de 33,33% em relação a 2020, quando ocorreram 237 óbitos.

Entre as causas, 262 foram vítimas de homicídio e, 23, de latrocínio. Juntos, os crimes violentos representam 90,19% das causas dos óbitos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero. Também foram documentados 26 suicídios e cinco pessoas morreram por outras causas.

As principais populações afetadas foram homens gays (145) e travestis e mulheres trans (141), que somaram 286 óbitos. Em menor número, aparecem mulheres lésbicas (12), homens trans e pessoas transmaculinas (8), bissexuais (3), outros segmentos (3) e aqueles que não tiveram a identidade de gênero ou orientação sexual não informada (4).

As regiões nordeste e sudeste registraram os maiores índices, com 116 e 103 mortes, respectivamente. Quase metade dos casos (152) aconteceram durante o período noturno e 174 óbitos ocorreram por meio do emprego de arma de fogo ou faca.

Em relação ao perfil das vítimas, 112 eram pretas ou pardas, e 127, brancas. Destaca-se também a quantidade de jovens vítimas da violência LGBTfóbica. Entre as 316 vítimas, 96 tinham de 20 a 29 anos.

Subnotificação

O documento foi produzido por meio do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, coordenado pelo Acontece – Arte e Política LGBTI+ e pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

As organizações apontam que, apesar dos índices serem alarmantes, os números ainda podem ser subnotificados. Isso ocorre porque o levantamento tem notícias publicadas em veículos de imprensa como principal fontes dos dados. Além disso, quando também são consultadas denúncias feitas por meio das redes sociais.

“Como dependemos do reconhecimento da identidade de gênero e da orientação sexual das vítimas por parte dos veículos de comunicação que reportam as mortes, é possível que muitos casos de violências praticadas contra pessoas LGBTI+ sejam omitidos.”

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