Após pedir “sacrifício” aos militares para serem incluídos na reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) confessou que “em alguns aspectos, [a proposta] é uma medida amarga”. De acordo com ele, trata-se de uma resposta política à falta de responsabilidade de anos anteriores. Por isso, “até os militares vão entrar com um sacrifício”, afirmou, ao repetir o termo usado anteriormente.
“O Brasil é um país que, se continuar sem reforma, a tendência é chegar à beira do caos”, alertou o presidente. Para Bolsonaro, a proposta não depende de emendas constitucionais e é “muito fácil”. Ele voltou a afirmar que ninguém ficará de fora dela.
Bolsonaro tem colecionado declarações polêmicas nos últimos dias. Nessa quinta-feira (7/3), o chefe do Executivo disse que “só existe democracia e liberdade se as Forças Armadas quiserem”. Em evento no Rio de Janeiro, o presidente reafirmou que a missão do governo será cumprida ao lado de quem “ama a pátria” e “quer aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade”.
Após a polêmica, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), tentou minimizar a situação e defendeu Bolsonaro ao dizer que ele foi “mal interpretado” com a frase, além de concordar com a ideia do presidente.
