A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou, nesta sexta-feira (7/3), as medidas anunciadas pelo governo federal para tentar conter a inflação provocada pelos preços dos alimentos. Para a bancada, as iniciativas são “pontuais e ineficazes para efeito imediato”.
As medidas foram anunciadas na noite de quinta (6/3) depois de reuniões com representantes do setor. Entre os anúncios, estão zerar a alíquota de importação de produtos como azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, massas alimentícias (macarrão), café, carnes e açúcar.
“A redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil”, ressaltou a FPA em nota.
Para a bancada do agro, a gestão petista “tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.
Os parlamentares também ressaltaram que a alíquota zerada afeta apenas produtos importados sem reforçar o apoio à produção brasileira, e pede que sejam iniciadas as tratativas sobre o novo Plano Safra 25/26.
Também na quinta, a FPA enviou um ofício aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, com 20 sugestões para reduzir os preços dos alimentos no país.
O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), defendeu investimentos em infraestrutura e logística, ampliação do crédito ao produtor rural e um ajuste na política fiscal para conter a inflação dos alimentos de maneira sustentável.
