O senador Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência do governo de Jair Bolsonaro (PL), rebateu o ex-presidente após ele criticar a candidatura de Pontes à presidência do Senado.
Em outubro, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), anunciou apoio do PL à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para presidência da Casa Legislativa. Marinho chegou a afirmar, na época, que conversaria com Pontes sobre a disputa.
O que aconteceu:
- Senador Marcos Pontes (PL-SP) lançou candidatura à presidência do Senado, mesmo sem o apoio do PL;
- Jair Bolsonaro disse que Pontes não tem chances de vencer e que a candidatura dele atrapalha a articulação política do partido;
- Em outubro, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, declarou apoio do PL à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado;
- A eleição para definir o sucessor de Rodrigo Pacheco está marcada para 1º de fevereiro.
Jair Bolsonaro disse, em entrevista a AuriVerde Brasil na segunda-feira (20/1), que Marcos Pontes não tinha chance de vencer a eleição para presidência do Senado e que a candidatura do ex-ministro atrapalha a articulação política do partido dentro da Casa Legislativa.
“Marcos Pontes, que está disputando a presidência, boa sorte a você, tá? Boa sorte a você, mas eu lamento você estar nessa situação porque você sabe que não tem como ganhar. O voto é secreto. Se nós embarcarmos na sua candidatura, que eu acho muito melhor do que muitas outras por aí, nós vamos ficar sem comissões”, afirmou o ex-presidente.
Sem citar o ex-presidente, Marcos Pontes publicou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (21/1) em que reitera a candidatura à presidência do Senado. A eleição para escolha do senador que irá substituir Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está marcada para 1º de fevereiro.
“Pensamento do dia! A arrogância pode fechar portas, mas a humildade sempre abrirá as janelas da sabedoria para novos horizontes. Pense, viva e aprenda! Grande abraço espacial”, escreveu o ex-ministro da Ciência.
Davi Alcolumbre presidiu o Senado de 2019 a 2021 e pretende retornar ao cargo para o biênio de 2025 e 2026.
Na última eleição para Mesa Diretora, em meio à campanha de reeleição de Pacheco para presidência do Senado, o PL lançou a candidatura do senador Rogério Marinho para tentar o comando da Casa. No entanto, a aposta não teve sucesso, e o senador foi reconduzido ao cargo com 49 votos.
Por não ter apoiado a candidatura de Pacheco, o PL ficou de fora da Mesa Diretora e também foi preterido para escolha dos novos presidentes das comissões temáticas do Senado.
Dessa forma, o PL se adiantou e decidiu apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre para presidência do Senado.
“A oposição foi completamente deixada de lado, então nós precisamos restabelecer esse processo que sempre foi natural na Casa, de respeito à proporcionalidade das bancadas, e esse foi o entendimento da grande maioria dos que estavam participando da decisão”, disse Marinho ao anunciar o apoio a candidatura de Alcolumbre, em outubro.
