Goiânia – O ex-governador de Goiás e ex-prefeito da capital goiana, Iris Rezende, de 87 anos, segue em estado grave, em ventilação espontânea, mantendo boa pressão arterial e com os outros órgãos em bom funcionamento. As informações são do boletim médico desta terça-feira (24/8).
O ex-governador voltou a ser internado na unidade de terapia intensiva do Instituto de Neurologia de Goiânia, após uma crise convulsiva no último sábado (21/8). De acordo com o cardiologista Salvador Rassi, convulsões são esperadas em pacientes que tiveram um AVC.
Com o quadro convulsivo, Iris foi novamente intubado por precaução, mas apresentou melhoras e já retirou o tubo para ventilação mecânica.
O político se recupera de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e da cirurgia que fez em seguida para controlar o sangramento, no Instituto Neurológico de Goiânia, onde está internado na unidade de terapia intensiva (UTI).
Iris está internado desde o dia 6/8. Ana Paula e Adriana, filha de Iris, acompanham o pai de perto e a todo momento. Ele está isolado para evitar contaminação pela covid-19.
Carreira
Iris encerrou a carreira política em dezembro de 2020, após concluir o quarto mandato como prefeito de Goiânia. Desde então, se dedica a cuidar de seus bens e do escritório de advocacia.
Graduado em direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), o político nasceu em 22 de dezembro de 1933, em Cristianópolis, no sudeste do estado.
Ele iniciou sua carreira política em 1959, ao ser eleito vereador, com maior número de votos e mais jovem da história da capital, aos 25 anos.
Em 1962, foi eleito deputado estadual e, em 1965, assumiu a Prefeitura de Goiânia, mas foi cassado pela ditadura militar antes que o seu mandato chegasse ao fim.
Durante o período em que ficou fora da administração, Iris Rezende montou um escritório de advocacia. Após o fim da ditadura militar, foi eleito governador por dois mandatos, de 1983 a 1986 e de 1991 a 1994.
Entre as duas administrações, o político também foi ministro da Agricultura do governo de José Sarney (PMDB), de 1986 a 1990. Em 1994, ele foi eleito senador da República e, no meio de seu mandato, em 1997, assumiu o Ministério da Justiça durante um ano, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
