Nas confusas entrevistas que deu desde a prisão do PM reformado Fabrício Queiroz há uma semana em uma casa sua em Atibaia (SP), o advogado Frederick Wassef tem dito que nunca viu o ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro, nunca falou com ele. O advogado que trabalhava para a família Bolsonaro dá a entender que a presença de Queiroz no imóvel era circunstancial, não permanente. Mas uma reportagem da TV Band veiculada na noite desta quinta-feira (26/05) relata que ele teria abrigado Queiroz há mais de um ano e o encontrado “algumas vezes”.
Segundo a reportagem, Queiroz se mudou para um apartamento da família de Wassef no fim de 2018, na praia de Pitangueiras, no Guarujá.
Moradores ouvidos pela Band disseram que Queiroz tentava não aparecer, só descia para pegar comida pedida via aplicativo e não conversava. “No começo ninguém sabia que era o Queiroz, porque o prédio tem poucos moradores, a maioria que frequenta é turista. E ele chegou no final do ano. O pessoal foi perceber que era o Queiroz depois do carnaval”, relatou um deles.
Ainda segundo os relatos, ele sempre usava boné e óculos escuros e teria recebido Wassef “algumas vezes” no período.
Procurado pela reportagem da Band, Wassef desligou o telefone quando foi questionado sobre a presença de Queiroz no Guarujá.
E o PT?
A informação chama a atenção por um detalhe curioso: Guarujá e Atibaia são cidades que figuram em processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi condenado por ter recebido como propina melhorias em um apartamento no Guarujá e é acusado de ter recebido também como propina um sítio em Atibaia.
