ANP: gasolina sobe pela 4ª semana consecutiva; preço atinge R$ 8,99

Balanço da Agência Nacional do Petróleo se dá um dia após o presidente Bolsonaro apelar para a Petrobras não reajustar combustíveis

atualizado 06/05/2022 21:47

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Posto de gasolina trocando a placa com os valores Aline Massuca/Metrópoles

O preço da gasolina subiu pela quarta semana consecutiva, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (6/5) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Esta semana, o estado que registrou o maior preço do combustível foi Santa Catarina, chegando a R$ 8,999 o litro em Tubarão. Em contraponto, o estado com menor valor cobrado por litro foi o Mato Grosso do Sul – R$ 7,890.

Ainda de acordo com a agência, que consultou 5.146 postos pelo país, o preço médio da gasolina comum ao consumidor no cenário nacional fechou a semana em R$ 7,295 por litro.

O resultado é 0,2% maior do registrado na semana anterior e o maior, em termos nominais, desde que a ANP começou a fazer o monitoramento semanal, em maio de 2004. Os valores nominais não atualizam os preços pela inflação acumulada no período.

O etanol registrou um aumento em 19 estados nesta semana, segundo a ANP. Houve queda no preço nos outros sete estados e no Distrito Federal. Na média geral, o preço médico do combustível caiu 1,77% na semana em relação à anterior – de R$ 5,539 para R$ 5,441 o litro.

Na relação de vantagem 70/30, o etanol está com paridade média a nível nacional de 74,59% ante a gasolina, ou seja, menos favorável do que o derivado do petróleo.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Bolsonaro ataca a Petrobras

O balanço da ANP ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticar duramente a Petrobras. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, nessa quinta-feira (5/5), o chefe do Executivo federal disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, disse Bolsonaro, aos gritos.

A declaração do presidente foi feita momentos antes da petroleira informar que registrou lucro de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano — resultado 3.718,4% maior do que o lucrado no mesmo período do ano passado, quando a estatal faturou R$ 1,167 bilhão.

“Eu não posso entender, a Petrobras durante crise da pandemia e a guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, afirmou Bolsonaro.

Na live, o chefe do Executivo federal apelou para que a petroleira não anunciar um novo aumento nos preço dos combustíveis, pois um novo reajuste “pode quebrar o Brasil”. A Petrobras está sem reajustar os preços dos combustíveis nas refinarias desde 11 de março.

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