“Abin Paralela”: PF mira “gabinete do ódio” de Bolsonaro e prende 4

O objetivo da operação da PF é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas

atualizado 11/07/2024 13:09

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A sede da Abin, em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Até o momento, o Metrópoles confirmou as prisões de Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; e Richards Dyer Pozzer. Rogério Beraldo de Almeida segue foragido.

Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvo de busca e apreensão. Entre eles José Mateus Sales Gomes.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Mais prisões

Em 20 de outubro de 2023, a PF deflagrou a primeira fase da Operação Última Milha para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de celulares sem autorização da Justiça por servidores da Abin.

Os agentes cumpriram dois mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Um dos presos foi Rodrigo Colli, profissional da área de Contrainteligência Cibernética da agência. O outro era o oficial de Inteligência Eduardo Arthur Izycki.

Em 25 de janeiro deste ano, a Operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, teve como alvo o deputado federal e ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ). Policiais federais fizeram buscas no gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados, e no apartamento funcional dele, em Brasília.

Além de Ramagem, que é delegado da PF, a Operação Vigilância Aproximada investigou outros policiais federais suspeitos de integrar uma organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de um software espião chamado FirstMile.

Segundo as investigações, Ramagem teria autorizado os monitoramentos sem lastro técnico que os justificassem.

Colaborou Igor Gadelha, colunista do Metrópoles.

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